Secretária de Políticas Públicas para as Mulheres destaca as conquistas de Volta Redonda

       Criada pela lei municipal 4.895/12, proposta pelo prefeito Antônio Francisco Neto e aprovada pela Câmara Municipal no final de 2012, a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (SMPPM) é uma trincheira avançada na defesa dos direitos e da proteção da mulher contra qualquer tipo de violência doméstica, institucional ou familiar.

 

       Volta Redonda foi o primeiro município da região a implantar uma secretaria específica para o público feminino. A conscientização e a presença nos bairros conversando com grupo de mulheres organizadas é o caminho buscado pela secretária, Glória Amorim, que também esteve à frente da então Coordenadoria Municipal da Mulher. Atualmente, a SMPPM ocupa a antiga sede da coordenadoria, na Rua 552, nº 46, no bairro Jardim Paraíba.  

 

      A SMPPM é responsável por propor, coordenar, e acompanhar as políticas públicas para o público feminino, principalmente trabalhando em rede com outros órgãos públicos de defesa da mulher, como explicou Glória. A secretária, que assumiu o cargo no dia 1º de janeiro, afirmou que as mulheres estão mais determinadas em denunciar a violência, graças à rede de apoio dos órgãos públicos construída na cidade.

 

       “A Deam (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher) registra mais de 250 atendimentos mensais de mulheres vítimas de violência. Hoje, a mulher tem uma rede de atendimento para a defesa dos seus direitos, ganhando mais visibilidade para denunciar a violência que antes era escondida, ficava entre quatro paredes. A Lei Maria da Penha foi um enorme avanço. E temos a rede montada pela Secretaria da Mulher, Deam, Conselhos dos Direitos da Mulher, os CRAS (Centro de Referência em Assistência Social, da Secretaria Municipal de Ação Comunitária), Policlínica da Mulher, e órgãos do Judiciário”, apontou Glória, salientando ainda a existência da Casa da Mulher e a Casa Abrigo Deiva Rampinne Rebelo, locais onde mulheres ameaçadas pela violência doméstica se abrigam, no anonimato.

 

       Mas, segundo a secretaria, um terço das mulheres ainda sofrem caladas, por uma série de razões, entre elas causar sofrimento à família e a dependência financeira do companheiro.  “Muitas mulheres não procuram seus direitos porque temem causar sofrimento à família, por não ter apoio dos pais, pela herança machista de que a mulher tem que sofrer calada e que “um dia vai melhorar”, ou “ruim com ele, pior sem ele”. Por isso, a maior parte das que denunciam têm apoio total da família”, comparou.

 

         De acordo com a secretária, na busca pela autonomia financeira, cerca de 360 mulheres já participaram dos cursos de capacitação, entre eles os de construção civil e metal mecânica, acessando um mercado de trabalho antes exclusivo para homens. As parcerias com outras secretarias e instituições, com a oferta de cursos profissionalizantes, palestras, além da participação no fórum estadual para o setor, construção do primeiro Plano Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, são alguns dos avanços citados por Glória, que salientou que muitas destas conquistas foram alcançadas ainda com a coordenadoria municipal. 

 

       “Um avanço muito importante com a criação da secretaria é a facilidade que passamos a ter para discutir projetos, convênios, elaborar atividades com outros órgãos de defesa da mulher”, apontou a secretária. Glória destacou ainda que a secretaria tem presença constante nos bairros, para conversar com as mulheres, ampliando o contato nas comunidades.

 

       “Queremos que o povo fale, indique, avalie e faça sugestões. Essa é a nossa grande preocupação com a participação popular, ouvindo os grupos, as mulheres organizadas para opinar sobre os seus direitos. Um trabalho que já vinha sendo feito pela coordenadoria e prossegue com a secretaria”, enfatizou. A secretária destacou ainda que a SMPPM define sua estratégia de acordo com políticas mais amplas, estaduais e nacionais. 

 

        “Não pensamos sozinhos, temos uma coordenação com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. Os conselhos respeitam a decisão das conferências que participamos, com a presença de mais de 400 mulheres. Nós levamos também em consideração as tendências do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, que está em construção”, afirma Glória Amorim.  

 

  

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